terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Literatura e Negritude em PE

                                                                                                                                                                                                                              
                                                             Lepê Correia.

                Embora a presença do negro na literatura brasileira venha dos primeiros séculos da colonização quando o Brasil ainda era uma terra sem identidade de nação definida, o “negro inteiro na literatura começa a partir de 1830” (CAMARGO, 1989, p. 34), 58 anos antes da abolição, quando o negro, Antônio Gonçalves Teixeira e Souza, lutando contra a mudez e silêncio aos quais estava confinado seu povo, escreve O Filho do Pescador, só publicado em 1843, no Rio de Janeiro. Primeiro romance brasileiro, feito por um filho do país. Neste mesmo ano, o professor negro, Antônio Pedro de Figueiredo (1822), nascido em Igaraçu e educado pelos padres Carmelitas, “traduziu e publicou o Curso de História da Filosofia, do Francês Victor Cousin, com a intenção de divulgar o pensamento socialista no Brasil”(BENJAMIM, 2011, P. 74). Ensinou no Liceu de Recife(1844) e no Ginásio Pernambucano(1849), além de fundar e editar a revista O Progresso(1846), que divulgava idéias e notícias européias. Isso fez com que seus desafetos o apelidassem de “Cousin Fusco”. Abdalah El-Kratiff, (era seu pseudônimo. Um costume dos jornalistas de sua época, principalmente os polêmicos). Escreveu para diversos jornais do Recife sobre Critica Literária e participou de vários debates polêmicos sobre socialismo com professores da Faculdade de Direito do Recife. Consagrado como intelectual e critico da organização patriarcal, morreu no Recife, em 1859, aos 37 anos de idade.

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