- Queridas e queridos muzukame.(*)
Depois de um ano de ausência, estamos de volta com postagens relativas às lutas e construções de nosso povo, desejando continuar contribuindo para a compreensão das atitudes dos nossos diante do racismo e da neo-colonização que insiste em nos manter acorrentados. Mas o eco de nosso grito supera a opressão, os tentáculos de nossa inteligência são ladeados pela sabedoria ancestral. Por isso, a meta é alcançar a todos.
Mabu Kibuko! (*) Seguidores.
RAÇA, CIVILIZAÇÃO E MODERNIDADE
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A Revolução Haitiana foi pioneira na constituição de um contraponto político-teórico inteligível do Mundo Negro à metavisão racializadora. Lá, elaborou-se, pela primeira vez, e de maneira global, uma resposta do mundo africano escravizado ao mundo ocidental, hegemônico e escravagista .Aquilo que, hoje, reconhecemos como Negritude foi colocado de maneira radical e inequívoca diante do mundo, então dominado totalmente pelo Capitalismo predador, expansionista e militarista do século XIX.
O Haiti produz a primeira Revolução radical de essência antirracista, anticolonialista e anti-imperialista. Um desafio global à proposta monstruosa da desigualdade congênita entre as raças humanas e a superioridade natural de uma sobre a outra. Ela é o grande divisor de Águas da modernidade, relativo à reivindicação fundamental dos direitos inerentes à condição humana.
(Trecho extraído do prefácio do livro Discurso sobre a Negritude - Aimé Césaire, organizado por Carlos Moore, publicado pela Nandyala, 2010)
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