quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

NEM TODOS SABIAM...


  1.     Queridas e queridos muzukame.(*)


Depois de um ano de ausência, estamos de volta com postagens relativas às lutas e construções de nosso povo, desejando continuar contribuindo para a compreensão das atitudes dos nossos diante do racismo e da neo-colonização que insiste  em nos manter acorrentados. Mas o eco de nosso grito supera a opressão, os tentáculos de nossa inteligência são ladeados pela sabedoria ancestral. Por isso, a meta é alcançar a todos.  
   Mabu Kibuko!                                                                 

                                                                                                                                     (*) Seguidores.
                                 
      
                                     RAÇA, CIVILIZAÇÃO E MODERNIDADE
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    A Revolução Haitiana foi pioneira na constituição de um contraponto político-teórico inteligível do Mundo Negro  à metavisão racializadora. Lá, elaborou-se, pela primeira vez, e de maneira global, uma resposta do mundo africano escravizado ao mundo ocidental, hegemônico e escravagista .Aquilo que, hoje, reconhecemos como Negritude foi colocado de maneira radical e inequívoca diante do mundo, então dominado totalmente pelo Capitalismo predador, expansionista e militarista do século XIX. 
     O Haiti produz a primeira Revolução radical de essência antirracista, anticolonialista e anti-imperialista. Um desafio global à proposta monstruosa da desigualdade congênita entre as raças humanas e a superioridade natural de uma sobre a outra. Ela é o grande divisor de Águas da modernidade, relativo à reivindicação fundamental dos direitos inerentes à condição humana.

 (Trecho extraído do prefácio  do livro Discurso sobre a Negritude - Aimé Césaire, organizado por  Carlos Moore, publicado pela Nandyala, 2010)

                                                                                                                    

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